*Docente: Elias Frota Prado
Discentes: André Luiz Sousa; Christiane Piccoli; Marcos Roberto Mesquita de Souza; Valéria Aparecida de Oliveira Sousa.
Auxílios Ergogênicos: A busca pela perfeição do desempenho atlético
Palavras chave: Cafeína / Auxílios Ergogênicos / desempenho atlético
O mundo esta evoluindo e não é diferente no esporte; diante disto os recordes atléticos vêm cada vez mais melhorando em um ritmo muito acelerado, e grande parte destes recordes foi propiciada pelos auxílios ergogênicos.
Auxílios ergogênicos são substâncias ou fenômenos que melhoram o desempenho de um atleta, estes podem ser desde drogas, hipnose, músicas, dentre outros.
Em busca da perfeição do desporto a utilização de ergogênicos vem se tornando comum entre os atletas, o problema é que muitas vezes estes auxílios estão sendo indicados por amigos e técnicos sem nenhum tipo de informação fidedigna o que acaba fazendo destes auxílios uma coisa ruim; os atletas têm experimentado com o intuito de melhorar seu desempenho sem se preocupar com os possíveis efeitos colaterais. Porém se algumas destas substâncias acabam por prejudicar o desempenho elas são chamadas de ergolíticas.
Contudo, os atletas devem reconhecer as conseqüências legais, éticas, morais e médicas do uso de qualquer agente ergogênicos, a lista de sustâncias proibidas em competição cresce a cada dia, e a cafeína foi proibida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1984, com um padrão atual de 12 ug/ml.
A cafeína é um dos auxílios ergogênicos mais comuns e utilizada no mundo e encontrada em muitos alimentos como em cafés, chás, refrigerantes, bebidas energéticas e até e medicamentos. A cafeína é estimulante do sistema nervoso central (SNC) ela atravessa a barreira hematoencefálica e afeta vários centros cerebrais usualmente acarretando em um aumento da excitação e diminuição da sonolência; atua sobre o coração, sangue, circulação e resistência aeróbia, fornece substrato para os músculos e função muscular geral, neutraliza ou retarda o inicio da sensação de fadiga. Por atuar no SNC ela aumenta a atenção mental e a concentração, melhora o humor , diminui a fadiga e retarda o seu inicio, diminui o tempo de reação deixando-a mais rápida; aumenta a liberação de catecolaminas e a mobilização de ácidos graxos livres os quais acarretam em uma poupança de glicogênio muscular que será utilizado posteriormente e também o uso dos triglicerídeos musculares. A cafeína é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, encontrando-se significativamente elevada no sangue em quinze minutos e atingindo um pico em sessenta minutos
Um estudo feito com ciclistas demonstrou que comparado com outro ergogênico no caso o placebo, a cafeína aumenta o tempo de endurance (resistência), em trabalhos com ritmos constantes e diminuiu o tempo nas corridas de distância fixo; isto porque ela reduz a percepção do esforço exercido numa determinada taxa de trabalho podendo então o atleta realizar uma maior porcentagem de trabalho com o mesmo esforço percebido.
Entretanto também tem seu lado negativo, indivíduos não habituados em consumir a cafeína ou sensíveis a essa droga e ainda aqueles que a consomem em quantidades elevadas; a cafeína pode agir como uma substância ergolítica produzindo nervosismo, agitação, insônia perturbando os padrões normais do sono, produz tremores, aumenta o risco de desidratação e de doença relacionadas ao calor, contribui com a fadiga. Porém a sua interrupção de forma repentina pode provocar cefaléias severas, fadiga, irritabilidade e desconforto gastrointestinal.
Em todo caso, é preciso ressaltar que antes da utilização de qualquer tipo de auxílio ergogênico é importante avaliar quais serão os efeitos que estes podem proporcionar ao organismo e o desempenho atlético.